segunda-feira, 14 de março de 2011

Do retorno...

Eis o início de um novo ano pra mim;
e cá estou eu, após esses longos meses de reflexão e calmaria.
Com os sentimentos renovados e uma sensação de ter a alma de volta ao corpo, fiz as pazes com as palavras e, sobretudo, comigo mesma.

Descreveria a sensação de outrora como uma vida dentro de uma bolha.
- Você olha o mundo lá fora. Quer sair! Sente os calafrios claustrofóbicos, se movimenta e grita mas, a membrana desta bolha faz com que os que estão de fora te escutem e te vejam muito bem sem que o contrário aconteça. A visão e a audição de quem está dentro dessa bolha ficam por demais restritas, limitadas.
Mas, de repente, a insuportável sensação do interior da bolha some. Quando você abre os olhos percebe que conseguiu sair, mas a bolha continua lá. Agora você passa a fazer parte da amplitude das sensações e sente mais uma vez seus membros e volta a explorar todos os seus sentidos. Eis a descrição de uma angústia que ficou pra trás, perdida em algum lugar já esquecido, sem deixar lembranças. E, como tudo tem duas faces, o lado bom foi essa sensação ampliada de desejo de viver, esse amor próprio nunca antes sentido de tal forma, essa compreensão de si mesmo jamais alcançada em outro momento da vida (até agora, é claro).

Agora, alma e corpo, aos poucos vou retomando outros prazeres desta vida que me satisfaz em cada detalhe.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Às vezes o silêncio grita. (descrição: agonia)

Não falar não quer dizer muita coisa.

Mas sei que pro mundo exterior é difícil entender o silêncio.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Os dias mais difíceis de todos.

Quando ser coerente com o que se acredita parecer ser cruel.

Quando não ser cruel é se negar e fechar os olhos pra algo grave.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

"Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária".

Clarice Lispector.


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Já tem um tempo que estou brigada com as palavras.
Sou só "sentir".

Quando o sentir for só dor, espero brigar com ele também.

Mas, daí o que fica?

É preciso não deixar chegar lá...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010